Aumentar a passagem é roubar o povo de Teresina!

Comunicado do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí | Teresina, 10/Jan/2018
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O prefeito Firmino filho (PSDB) e as empresas de ônibus atacam de novo a população com um aumento no preço da passagem, saindo dos R$3,30 para R$3,60 a partir de janeiro. Isso significa quase 100 reais a menos no nosso bolso. Esse aumento é pago com nosso trabalho e suor, mesmo sem condições de arcar com mais esse valor: O salário mínimo cresceu 1,81% e a passagem subiu 12,42%.
A péssima qualidade dos transportes e das paradas sem cobertura nos deixam expostos a um sol escaldante, onde  passamos horas esperando  os ônibus  sem lugar para se sentar. E mesmo com essa situação querem aumentar o valor da passagem. Eles dizem que o aumento não nos afeta por que “quem paga nossas passagens sãos os empresários”, o que é uma grande mentira, pois quando  saímos para trabalhar, estudar, ou  queremos visitar algum amigo ou parente, a passagem sai do nosso bolso.

SÓ A LUTA DO POVO GARANTE VITÓRIAS
O ano de  2011 foi marcado pela luta combativa dos estudantes e trabalhadores/as contra o aumento da passagem em Teresina.  A união de um grande  movimento popular contando com mais 30 mil pessoas e táticas combativas, culminou em dezenas de ônibus quebrados e queimados, e só assim conseguiram barrar o aumento.  Mesmo com os partidos eleitoreiros e suas burocracias sindicais e estudantis (PT/CUT e PSTU/CSP-Conlutas/ANEL, por exemplo) tentando levar as  lutas  para o pacifismo sem capacidade de mudar as coisas, apelando para uma justiça que nunca fez nada por nós, ou para reuniões de portas fechadas com o prefeito, o povo não caiu nessa armadilha, pois sabiam que só atingindo o bolso dos patrões e da prefeitura a passagem não aumentaria.

OPORTUNISTAS ACABAM COM O “CONTRA O AUMENTO”
Em 2012 foi a vez do prefeito Elmano Férrer (PTB) ser o carrasco do povo, aumentando a passagem nas férias estudantis. A luta contra o aumento de 2012  foi marcada pela violência policial na Avenida Frei Serafim. Estudantes e trabalhadores/as foram massacrados/as, com 17 pessoas presas e um manifestante perdendo parte da visão.  Naquele ano os oportunistas de partidos eleitoreiros fizeram um acordo de portas fechadas com o prefeito,  e mesmo com a continuidade do aumento, disseram que o movimento foi “vitorioso”. Após o “Contra o Aumento” de 2012, Cássio Borges, Enzo Samuel (ambos do PCdoB) e Deolindo (PT), se lançam candidatos a vereador, usando da luta autônoma do povo, para garantir um lugar no governo.

E A HISTÓRIA SE REPETE...
Em 2013, durante as grandes manifestações, o DCE tentou conduzir as manifestações para a burocracia da prefeitura, tentando participar do Conselho Municipal de Transporte. Essa reivindicação foi prontamente atendida, mas pouco útil para a luta do povo, pois estamos aqui, de novo, lutando contra a máfia dos transportes em Teresina.
O aumento da passagem é mais uma forma de roubar a gente. O Estado e os patrões nos esmagam. Enquanto cada vez mais a desigualdade social aumenta, sendo o Piauí um lugar onde o povo tem menos direitos, a prefeitura municipal mantem um sistema de transporte precário, com ônibus velhos, com pouca frota e com preço acima de outras capitais, garantindo o lucro milionário dos patrões.

COMO BARRAR O AUMENTO DA PASSAGEM?
Qual o motivo do Prefeito aumentar a passagem nas férias? O medo de uma nova onda de manifestações que acerte em cheio os lucros da prefeitura e dos empresários! A saída já foi dada: lutar por todos os meios necessários para barrar o aumento, pois é isso que muda nossa situação. É preciso também construir uma organização independente de partidos eleitoreiros que querem transformar nossas reivindicações em palanque. A tarefa dessa organização é discutir a situação do transporte nos bairros, escolas e universidades, unindo nossos esforços, lutando contra o aumento da passagem e exigindo passe livre para estudantes e trabalhadores/as!


 CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM EM TERESINA!
PASSE LIVRE OU REBELIÃO!






Lançada a Cartilha - Cadernos de Combate Estudantil, vol II

Baixe a cartilha aqui


Encerramos a introdução da primeira edição dos Cadernos de Combate Estudantil da seguinte forma:
“O ano de 2017 se aproxima, e junto dele, o avanço cada vez mais violento do Ajuste Fiscal, tanto a nível federal pelas mãos do governo Temer/PMDB (uma continuidade das políticas de austeridade do governo Dilma/PT), e a nível estadual, através do governo Wellington Dias/PT. Sabemos que a batalha no campo da luta de classes seguirá continuamente, e por isso, continuaremos nossa missão de organizar as bases de forma independente, fazendo no Movimento Estudantil o que muitas organizações dizem ser impossível”.
Hoje, e próximo do fim do ano, avaliamos como verdadeira nossas afirmações. 2017 se mostrou um ano de combates contra o Ajuste Fiscal, infelizmente com diversas perdas. Acreditamos que isso se deva principalmente a inércia da socialdemocracia, que tutela hegemonicamente o movimento estudantil e sindical, que está mais preocupada com as eleições de 2018 que necessariamente com a derrota da luta por direitos dos trabalhado-res. Acredita ser mais fácil costurar acordos com a ala reacionária (liberal e conservadora) que garantir vitórias nas ruas.
Isso não nos espanta. Tivemos a oportunidade de, em diversas vezes, acompanhar em teoria e em prática, a ação destes grupos, que se limitavam a balançar bandeiras ou a discursar para o vazio, claramente sem intenção de alterar a realidade que se queixavam publicamente.
De 2018 não esperamos nada além de verborragias do setor socialdemocrata/reformista, pois as eleições os colocarão mais distantes ainda da realidade material, preocupados com a eleição do ano que se aproxima, que como sempre, classifica como inconsequente a noção acertada do povo de que eleição é ilusão. Da reação (liberais e conservadores), uma propaganda virulenta e ultrapopulista seguirá junto de ações de criminalização da luta e organização autônoma do povo. Ou seja, o combate aos grupos que abandonaram a farsa da democracia burguesa é o elo que une as duas posições, pois ambos precisam de um “inimigo” para sobreviver. Independente das disputas, ou mesmo de quem saia vitorioso, o Ajuste Fiscal brasileiro seguirá. Este continuará sendo nosso principal inimigo, que combateremos a todo o momento.
Apresentamos a seguir nossas colaborações teóricas realizadas em nossos comunicados, a entrevista que realizamos com o Comité Estudiantil de Resistencia, de Córdoba-ESP, as cartas de adesão de dois camaradas que saíram da UJS/PCdoB para ingressar em nossas fileiras, assim como textos publicados em nossa página no Facebook para agitação e propaganda.
Desejamos uma boa leitura a todos/as!


IR AO COMBATE SEM TEMER! OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!

EM DEFESA DOS TERCEIRIZADOS DA UFPI DE PARNAÍBA!

Comunicado do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí. Em 30.11.2017
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Nós, do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí denunciamos e repudiamos a perseguição que os terceirizados do R.U. da UFPI de Parnaíba vem sofrendo. Segundo relatos, os terceirizados sofrem com o assédio moral e humilhações tanto dos técnicos quanto dos alunos. 

Como se não bastasse isso, são um dos mais atingidos com os cortes do governo, que segundo a direção do Campus, não nos afetaria em nenhuma dimensão, mas já vemos cortes de bolsas entre os estudantes e demissões em massa dos terceirizados, o que aumenta a precariedade do trabalho na UFPI.

Recentemente, uma publicação sobre alimentos estragados sendo servidos aos estudantes da UFPI de Parnaíba viralizou e tornou-se pauta de discussão, colocando sob os ombros dos terceirizados a culpa. Nesses debates, em momento algum o verdadeiro problema é levantado: A qualidade da alimentação servida aos estudantes, a falta de trabalhadores equivalente a demanda, a precarização do ambiente e dos instrumentos necessários para um cenário minimamente digno de trabalho, e as consequências desses fatores na saúde dos trabalhadores que recorrentemente, têm adoecido tanto psicológica quanto fisicamente.

Não se fala também, da carga horária extensa de serviço; da inflexibilidade na frequência, já que mesmo nos dias em que o restaurante está fechado, eles precisam estar lá para bater o ponto; da pressão que sofrem por serem terceirizados e das precariedades que são sujeitados para gerar mais lucros aos seus patrões, como não terem seus empregos garantidos e ameaças constantes de demissão por parte da administração do R.U, que coagidos, nem mesmo se defendem das acusações ou se manifestam sobre suas condições de serviço por medo de represálias. 

Nós, estudantes, precisamos entender que se não estamos aliados com os trabalhadores, estaremos aliados com os exploradores, que vivem do nosso suor e que sempre estão em busca de mais dinheiro. Precisamos defender os terceirizados e lutar pela efetivação deles no quadro de funcionários da Universidade, garantindo assim salário digno, direitos e estabilidade no emprego!

TERCEIRIZADO É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO!
IR AO COMBATE SEM TEMER, OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
CONTRA O AJUSTE FISCAL, CONSTRUIR A GREVE GERAL!
TERCEIRIZADOS, EFETIVAÇÃO JÁ!


Ciclo de Formação Política: Cine debate "O Jovem Karl Marx"


O Comitê de propaganda da Rede Estudantil Classista e Combativa no Piauí convida a todos os interessados a participarem de nosso Ciclo de Formação Política, que contará com debate de textos e filmes.

Iniciaremos com um cine-debate do filme "O Jovem Karl Marx", dia 17 de Novembro (sexta-feira) às 15h, na UESPI de Parnaíba. Para participar, basta se inscrever nesse link: goo.gl/sVtxUz

Evento no facebook: aqui

[Parnaíba] Recepção de calouros da UFPI


Damos boas vindas a todas e todos que ingressaram na Universidade Federal do Piauí, principalmente os alunos de escola pública, que conseguiram vencer o ENEM.

Depois de tantos anos na escola, finalmente, a Universidade! Novos amigos, experiências, etc. Mas nem tudo são flores.

Atualmente, a UFPI, assim como outras universidades do Brasil, corre o risco de fechar. Isso mesmo, você mal entrou e já pode sair. Isso porque os cortes que a educação sofreu piorou nossa vida e a das/os trabalhadoras/es da Universidade. Nossas bolsas de estudo, pesquisa e trabalho estão sendo retiradas. Terceirizadas/os já foram demitidos. O Restaurante Universitário corre o risco de fechar. Sabe o que isso significa? Que nós, filhos e filhas de trabalhadores, não vamos conseguir ficar na UFPI. Por isso, ficar sem fazer nada não é uma opção.

Já vimos que nenhum político, partido ou governo vai nos defender. Nós só contamos com a nossa própria força pra mudar isso. Pensando nisso, nós convidamos todos para a Recepção de Calouros da UFPI, onde vamos conversar sobre a importância do Movimento Estudantil para lutar por nossos direitos. Vai ser na quadra da UFPI, dia 22 de Agosto, uma terça, a partir das 15h.

Convide seus colegas de curso e participe!
Veja o evento no Facebook

Lançado os Cadernos de Formação Política do CP/RECC-PI

Nós, militantes do Comitê de Propaganda da RECC no Piauí, compreendemos que desde 2009 a RECC tomou a decisão de fazer do impossível uma realidade dentro do Movimento Estudantil brasileiro. Optamos não por criar e sustentar artificialmente uma organização, fundada de cima para baixo, e por isso decidimos dedicar nossos esforços dentro da RECC. A realidade material de cada localidade é as bases das atividades da Rede, que se articulam nacionalmente através dos nossos irredutíveis princípios. Assim, a ideia de reorganização do Movimento Estudantil brasileiro passa pela necessidade preparar os estudantes para compreenderem e transformarem a realidade existente. Nosso crescimento a nível nacional não é meramente quantitativo, mas principalmente, qualitativo.

Tentando colaborar com esse avanço coletivo, é com prazer que informamos a publicação dos nossos Cadernos de Formação Política. Trata-se de compilações de textos produzidos dentro da RECC e do FOB, discutindo diversos assuntos da realidade brasileira, mostrando também nossa forma de se organizar e lutar. Os textos serão constantemente atualizados na medida em que a realidade em que vivemos for se modificando. Além dos cadernos, introduzimos outros textos que julgamos necessários para compreender materialmente a sociedade em que vivemos. Clique nos textos com asterisco para baixar os cadernos.

CADERNOS DE FORMAÇÃO POLÍTICA:
* História da RECC (O que é a RECC? | O Movimento estudantil ontem e hoje | Por um novo movimento estudantil: Construir as oposições nos locais de estudo)
* COMBATE DE LINHAS POLÍTICAS NO MOVIMENTO ESTUDANTIL (Análise do Congresso Nacional dos Estudantes: Um congresso a serviço de uma nova entidade, Uma nova entidade a serviço do oportunismo | UNE recebe presente de natal milionário do papai  | Por que não fomos aos congressos da UNE e da ANEL)
* MULHERES, GÊNERO, RAÇA E CLASSE (Hoje mais do que nunca, construir o braço feminista no sindicalismo revolucionário | Da linha de frente ninguém me tira! 8 de Março: Dia Internacional da Mulher Trabalhadora | Raça e classe: recortes necessários da luta feminista)
* ANÁLISE DE CONJUNTURA DA SOCIEDADE E DO MOVIMENTO ESTUDANTIL (Por que não gritamos “Diretas Já” | Chega de ilusão, avançar na ação e organização: a necessidade da greve geral e da independência para os direitos populares! | 1º de MAIO: Combater a Burocracia Estudantil e Reconstruir o Sindicalismo Revolucionário)

TEXTOS COMPLEMENTARES:
TEXTOS AVANÇADOS:

CONTRA OS ATAQUES AO POVO: GREVE GERAL DIA 30!

Comunicado do CP/RECC-PI. Teresina, 28/06/17.
Baixe pra ler depois ou na nossa página



A Greve Geral é nossa arma contra os nossos inimigos, contra os patrões, os ricos, os grandes donos de terra. As greves são instrumento de luta histórico dos trabalhadores, o fim do trabalho infantil e a jornada de 8h de trabalho diário, são frutos de grandes greves e lutas.
Quem participa das greves é o povo, ela não ocorre só em um dia como querem os partidos eleitoreiros, a burocracia estudantil e sindical. Além da injustiça dos ricos e a miséria que eles sempre impuseram, tem se encaminhado contra o povo as reformas da previdência e trabalhistas, tudo parte do Ajuste Fiscal. Para o combate nessa luta, precisamos da nossa independência nas ruas! É organizando a Greve Geral nas escolas, universidades, bairros e local de trabalho que iremos incomodar.

PORQUE LUTAMOS PELA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DO POVO?
Porque muitos partidos e organizações que calaram a boca do povo durante os governos Lula e Dilma hoje se dizem “de luta”. Eles esvaziam as lutas dos trabalhadores e transformam a Greve Geral em um desfile, uma paralisação de um dia. Estes partidos e organizações foram os mesmos que se calaram durante os cortes de verbas da educação entre 2014 e 2015,  se calaram contra o aumento das passagens, que aparecem em nossos bairros quando a campanha eleitoral começa. Não podemos nos iludir, nossa vitória só virá por nossas próprias mãos.

QUEM SOMOS NÓS?
A Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC) é uma corrente nacional do Movimento Estudantil filiada ao Fórum de Oposições pela base (FOB). Somos independentes e não defendemos nenhum partido, político, governo ou empresa.
Usamos na nossa luta a ação direta, que vai desde os debates de formação política até protestos na rua. Em nossa organização não recebemos ordens de uma pessoa do topo; todos tem poder de decisão, e é assim que, ombro a ombro, construímos cada luta.
A RECC tem núcleos em todo o país, e aqui no Piauí está organizada como Comitê de Propaganda desde 2016. Nossa tarefa é  avançar na reorganização do movimento estudantil, construindo uma luta fora das ilusões conformistas e eleitoreiras. Somente nas ruas, nas escolas, nos nossos bairros e no trabalho podemos combater nossos inimigos, nunca dentro de gabinetes com diretores, reitores, ou políticos.

PORQUE COMPOR UM BLOCO AUTÔNOMO E COMBATIVO?
Porque só de forma independente, com a superação das burocracias estudantis e sindicais mudaremos de fato as coisas. Nossa luta não deve virar desfile nem trampolim político de partidos. Nossa luta é classista, combativa e pela base. Precisamos estar juntos contra aqueles que são nossos carrascos, com autonomia frente a partidos, governos e políticos!